segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dia de domingo


Num belo domingo nublado — um tantinho luminoso —, me entreguei à missão do dia: percorrer um pouco mais de 9 voltas pela ciclovia do Parque Barigui para concluir um longão de 30 km.
Mais uma vez, estava comigo a adorável e eficiente companheira de todas as horas, a Vivi.
Apesar das nuvens que encobriam o céu na maior parte da manhã, o clima estava quente e abafado e a umidade era alta.
Após o descanso de sábado, o corpo parecia estar um pouco recuperado da série de treinos duros realizados até aqui. Porém, isso foi apenas impressão. Mesmo começando o treino mais tranquilo, já nas primeiras passadas percebi que ele não seria brando, mas como não sou de desistir facilmente...
Segui correndo, o corpo foi aquecendo e, com o apoio sempre atento e carinhoso da Vivi, fechei o treino no ritmo médio de 3'38"/km.


Mais uma missão cumprida e um importante passo dado.
Durante o treino, a Vivi tirou lindas fotos, seu mais novo hobby. Ela está descobrindo uma afinidade com a fotografia.
Encontramos bons amigos, corredores assíduos do parque. Alguns foram fotografados, outros (ainda) não, como Eduardo, Rose, Jaque, Tamy, Anderson e Ronaldo, que também fará a supermaratona.

Joaquim, Cecilia, Elizete, pequeno Joaquim e Felicidade


Samir treinando para os 50 km de Rio Grande


E conhecemos algumas belas figuras: Athos e Clara (1ª foto) e Aloha e Nina (2ª foto).





Pois bem, a hora H está cada vez mais próxima. Sinto-me evoluindo a cada treino, apesar do extremo cansaço em alguns momentos.
Enfim, sei por experiência própria que grandes resultados requerem grandes empenhos. Mas para quem acredita...




Beijos, minha linda.

sábado, 16 de janeiro de 2010

É hora de descansar!

Oba!! O dia de folga do MP, finalmente, chegou. Hora de dar um pouco de repouso ao corpo. Hora também de renovar a energia com uma bela porção de carboidrato. Pois, amanhã, é dia de longão: 30 km o esperam. Que venham mais esses!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Treino suado


Estou numa praia deserta com a minha linda, de papo pro ar. Vários dias para desfrutar e descansar, sem compromissos, curtindo a vida adoidado, com muito dinheiro no bolso e uma folga geral, sem planilhas, morros, tiros, pistas, grama, lama, alongamento... Ah, que delícia!
Triiiiim!!!!!! Chega de sonhar! Já são 5 da manhã, hora de treinar!
Estive ausente das publicações nestes últimos dias em função do pouco tempo disponível. Porém, muito presente nos treinos madrugueiros, principalmente no Parque Barigui, onde tenho feito a maioria deles.
São belíssimas imagens do sol nascendo, da garoa fina, das poças, das inundações: tudo contribui para a conclusão de uma série de 6 dias de treinos pesados, os quais tive que encarar.
Hoje, posso dizer que fiz um treino classe A, pois encontrei três amigos tipo A no parque: Adcley, Alex e Artico (grande abraço a todos).
Como é bom encontrar rostos conhecidos, quando, na corrida, a maioria dos treinos são solitários.
Descrevo rapidamente as últimas pelejas.
Dia 9 (sábado) – 16 km em trote solto – fiz 8 km com a minha linda (é um grande prazer corrermos juntos) e 8 km sozinho, ritmo de 3'57"/km em média.
Dia 10 (domingo) – treino intervalado, 6 x 1 km + 2 x 2 km, em ritmo médio de 3'18"/km, e 8 km de trote.
Dia 11 (segunda) – na planilha, estava previsto um treino de 10 km. Infelizmente, não consegui tempo para correr. Matei um treino.
Dia 12 (terça) – a programação era semelhante à de domingo, porém, não foi possível cumpri-la. Cheguei ao parque próximo das 6h, as pernas estavam cansadas, o humor alterado, o corpo estranho, enfim, entendi que não conseguiria treinar forte. Compreendo que todos temos dias em que é preciso repensar, recuar e mudar os planos. Ninguém conhece melhor o próprio corpo do que nós mesmos. Para não voltar para casa sem fazer nada, rodei 20 km no ritmo de 3'57"/km.
Dia 13 (quarta) – fiz os tiros planejados para o dia anterior, 7 x 1 km + 2 x 2 km, em ritmo médio de 3'19"/km, e 8 km de trote.
Dia 14 (quinta) – 20 km em ritmo médio, ou seja, 3'43"/km.
Quando meu técnico batizou este treino de "ou vai ou racha", ele não estava para brincadeira.
Com garra, com força e com fé, cheguei até aqui. Muito já foi feito e ainda há muito por fazer. Procuro pensar em um treino de cada vez, de olho no alvo, até ultrapassar a linha de chegada com os braços abertos e o sorriso largo.
Beijos, minha linda.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Corra, Nena, corra!


O blog está devagar, pois o atleta-mor está treinando muito, trabalhando muito e dormindo pouco, imerso no cotidiano dos modernos mortais. Portanto, sem tempo para narrar seus feitos.
Enquanto isso, Mancha, o bonitão da foto, contribui para que as pessoas pratiquem um pouco de atividade física (e haja material para o blog).
Ele foi adotado das ruas lapianas por minha irmã e se tornou o guardião da família.
Mancha gosta muito de ficar apoiado no portão da casa observando o movimento da rua. Mas sua diversão favorita acontece quando, por descuido de alguém, consegue abri-lo. Ele não ultrapassa o limite do portão, fica lá, sentado apenas, “consciente” do seu tamanho e da autoridade que impõe, e se deleita quando, ao vê-lo, os transeuntes correm em disparada, temendo que o grandalhão resolva abocanhá-los.
Até que o portão é fechado, e ele espera pela próxima oportunidade...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dois patinhos na lagoa


O braço esquerdo estava sobre suas costas, o braço direito a envolvia com carinho, seu queixo estava suavemente encaixado em meu peito, seu dorso se deitava sobre o meu e suas pernas abraçavam as minhas. Sentia o seu coração batendo no meu peito, pela proximidade colada dos nossos corpos. Um aconchego confortável e uma paz silenciosa envolviam o ambiente.
De súbito, uma lembrança! Hoje também é dia de treino. Há um planejamento traçado e um passo (ou alguns milhares) a ser dado ainda neste início de manhã. A rotina de um atleta que almeja grandes objetivos contempla, diariamente, a saída da zona de conforto.
Então, lá fui, encarar o dia de garoa fina e gelada que molhava o meu rosto e o asfalto negro das vias.
Hoje, tive rodagem moderada de 22 km, os quais corri na grama, encharcada e com poças de lama escorregadia.
O ritmo foi bom, 3'40"/km.
Retornei ao lar satisfeito pelo dever cumprido, apesar do consumo extra de energia para dar o primeiro passo: sair da cama.
Beijos, minha linda.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Amanhecer em trote moderado


A ponte de madeira umedecida pelo orvalho da madrugada e as árvores frondosas tinham suas imagens refletidas nas águas barrentas do laguinho do Barigüi. Os primeiros raios dourados de sol cortavam timidamente o horizonte quando eu já estava no meio dos meus 18 km, previstos na planilha para hoje.
Em ritmo moderado e passadas constantes, tive o imenso prazer de testemunhar o descortinar de mais um belo dia.
Vi alguns casais caminhando pela ciclovia. Um deles, porém, me chamou a atenção em especial. Senhor e senhora aparentavam ter avançada idade e permaneciam juntos, alegres e satisfeitos, de mãos dadas.
Já na última volta no parque, o corpo relembrou o cansaço e o relógio alertou que era hora de voltar para casa.
Mais um treino concluído. Sigo 18 km mais preparado.
Beijos, minha linda.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mais uma planilha se inicia

Comecei a segunda fase do treinamento: tiros de velocidade. Tenho que ficar mais rápido!
Confesso que não é nada fácil. Se for para rodar e rodar e rodar, sigo em frente sem muitos problemas. Porém, quando tenho que melhorar a velocidade, aí complica um pouco.
Mas é nos tiros que "o filho chora e a mãe não vê".
Novamente, para firmar o hábito, saí bem cedo da cama e, às 5h40, já tinha começado a correr.
Foram 8 km de trote somando-se aquecimento e desaquecimento, 6 tiros de 1 km, com intervalo ativo de 40", e 2 tiros de 2 km, com intervalo ativo de 45".
Os tempos ficaram aquém do previsto, apesar do descanso do dia anterior (um alívio depois de 14 dias sem folga, hehehe). Faltou ritmo, ainda assim o tempo médio dos tiros foi de 3'25’’.
É o primeiro treino em ritmo forte após quase 3 meses, portanto, é natural que eu sinta dificuldade. Sempre tive bastante trabalho para me adaptar aos treinos de velocidade e reduzir meus tempos.
A breve história que li no livro do Bernardinho, técnico da seleção brasileira de vôlei, ilustra que o treino árduo é necessário para o desenvolvimento de uma habilidade.
É notória a destreza que possuía o grande piloto Ayrton Senna para guiar na chuva. Em entrevista, a sua irmã relatou que ele tinha medo de correr nessas condições.
Porém, sempre que chovia, ainda quando pilotava kart, ele ia para as pistas e voltava horas depois, todo encharcado e enlameado. Mais tarde, se tornou um campeão e praticamente imbatível na pista molhada.


Este primeiro treino de velocidade não me agradou nem um pouco. As pernas não subiram como deveriam, o cansaço pegou já no segundo tiro, mas o treino foi cumprido.
Fica a certeza de que o caminho é este e é possível evoluir. Vale sempre a estratégia dos mestres: encarar a dificuldade para torná-la uma virtude.
Beijos, minha linda.